(Marco Rodríguez)
Dentro da curva inesperada
dos meus braços,
transbordam os gestos
numa espiral imperceptível.
Nas pontas dos meus dedos
se alonga a neblina
que deriva do inverso da loucura
quando prendo nos dentes
a superstição da lua
ou esboço no riso
a cumplicidade dos espelhos
timidamente transparentes
para dizer que só pelo silêncio
se vence o labirinto das palavras
e se mede a solidão.
(Graça Pires)
3 comentários:
"No ponto onde o silêncio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão,
Tão nítido e preciso era o vazio."
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
O silêncio ecoa-me no espírito.
O silêncio pode ser, sem dúvida, o melhor dos espelhos!
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