Por vezes uma pessoa vai "para fora cá dentro" e chega mais cansada do que foi...
Ultimamente tenho conseguido mesmo descansar. Não fazer "a ponta dum corno" e olhar para o infinito. Queixam-se que às vezes ainda falo de trabalho, quando leio a Visão ou a Sábado... Mas estou a melhorar!
No fim-de-semana passado fui para a praia, estava um vento que não se podia ficar parada senão congelava. Deram-me a conhecer o Pego do Inferno, um lugar escondido e magnífico... (não tão escondido como esperava, porque em blogs por onde cusco vi fotografias do local nesse mesmo dia)
Este fim-de-semana espera-me a serra e que venha o merecido descanso!
(disseram-me: sabes que lá não se faz nada, não há nada para fazer [e outras redundâncias]... aconselho que compre a Playstation 3 e livros porque eu estarei de papo para o ar a contar mosquitos ou estrelas! Ou não!)
(retirado do blog 'arre burro')
30 março, 2007
28 março, 2007
"Eu"
Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei-de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
(Álvaro de Campos)
26 março, 2007
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,
crúeis,
desfeitas,
nas suas conchas puras?
(Eugénio de Andrade)
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,
crúeis,
desfeitas,
nas suas conchas puras?
(Eugénio de Andrade)
18 março, 2007
16 março, 2007
14 março, 2007
04 março, 2007
Sem comentários
...
Subscrever:
Mensagens (Atom)